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Importância do Resgate de Abelhas Sem Ferrão (Meliponíneos) em Atividades de Supressão Vegetal

As abelhas das Tribos Meliponini e Trigonini, popularmente conhecidas como abelhas sem ferrão, abelhas indígenas ou meliponíneos, são um grupo diversificado de abelhas sociais pertencentes à família Apidae. Diferentemente das abelhas do gênero Apis (como a abelha-europeia, Apis mellifera), as Meliponíneos não possuem ferrão funcional, sendo inofensivas ao homem.

Legenda: Entrada da colmeia Trigona sp.

As abelhas prestam um serviço ecossistêmico fundamental como polinizadoras, garantindo a reprodução e a manutenção da flora nativa em ecossistemas tropicais e subtropicais. Essa relação mutualística entre abelhas e plantas com flores é resultado de milhões de anos de coevolução – estima-se que essa interação exista há pelo menos 50 milhões de anos, consolidando-se como uma das mais importantes associações biológicas para a perpetuação dessas espécies.

Os Meliponíneos têm distribuição Pantropical e na região Neotropical (América Central, Ilhas do Caribe e a América do Sul), elas são especialmente abundantes, com cerca de 400 espécies descritas. O Brasil é um dos países com maior riqueza, abrigando mais de 250 espécies distribuídas em diversos gêneros, como: 

Melipona: Melipona marginata (manduri), Melipona scutellaris (uruçu), Melipona subnitida (jandaíra). 

Trigona: Trigona spinipes (irapuá ou abelha-cachorro), Trigona pallens (Abelha-olho-de-vidro)

Tetragonisca: Tetragonisca angustula (jataí). 

Plebeia: Plebeia droryana (mirim), Plebeia remota (mirim-guaçu).

Frieseomelitta: Frieseomelitta varia (marmelada-amarela). 

A supressão da vegetação nativa em uma área pode causar diversos impactos negativos sobre as populações de abelhas. A remoção das árvores, por exemplo, destrói os ninhos existentes nos troncos e reduz a disponibilidade de locais adequados para nidificação durante o enxameamento. Além disso, a perda da cobertura vegetal diminui a oferta de recursos florais e pode fragmentar o habitat, criando ilhas de isolamento que dificultam o fluxo gênico entre colônias – o que favorece a endogamia e compromete a diversidade genética dessas populações.  

Legenda: Entrada da colônia de Trigona pallens.

O resgate de colônias de abelhas sem ferrão em áreas de supressão vegetal é uma medida importante para mitigar esses impactos. Essa prática não só assegura a sobrevivência das colônias, realocando-as para áreas preservadas, como também mantém um número mínimo de indivíduos na população reprodutiva, garantindo a variabilidade genética e a saúde da espécie no ecossistema.

Legenda: Resgate de colônia de Scaura longula.

STCP possui expertise comprovada na prestação desse serviço, realizando um trabalho técnico e responsável para assegurar que as colônias de abelhas sem ferrão sejam realocadas com segurança, mantendo sua integridade e funcionalidade.

Legenda: Transferência de colônia Melipona seminigra.
Legenda: Alimentação coletiva para Melipona seminigra

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