A migração de aves é uma das grandes maravilhas do mundo natural, exigindo resistência, força e uma incrível capacidade de adaptação.
Mas, por trás desse espetáculo dos céus, existe uma dura realidade: todos os anos, milhões de aves migratórias morrem devido a ações humanas — desde poluição luminosa até a destruição de áreas de parada por agricultura e urbanização.
Só nos últimos 50 anos, cerca de 2,5 bilhões de aves migratórias de 419 espécies desapareceram, segundo a BirdLife International.
Essas aves não são apenas viajantes: elas são peças-chave nos ecossistemas, atuando como polinizadoras, dispersoras de sementes, predadoras e até mesmo engenheiras naturais, movimentando folhas, solo e nutrientes entre ambientes distantes.
Exemplos impressionantes como o fuselo (Limosa lapponica), que viaja sem parar do Alasca à Nova Zelândia por 11 dias, mostram o quanto a natureza é resiliente — mas também o quanto é vulnerável diante das ações humanas.
Proteger as aves migratórias é proteger o equilíbrio da vida em nosso planeta.
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