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20.05 | DIA MUNDIAL DAS ABELHAS

Existem cerca de 30.000 espécies de abelhas no mundo, cada uma dessas apresentando diferentes comportamentos, níveis de sociabilidade, preferências alimentares, entre outros.

Devido à grande diversidade de espécies e para facilitar o estudo de seus hábitos e a melhor forma de criação, essas abelhas são divididas em diversas famílias, subfamílias, tribos e subtribos. As espécies da subtribo Meliponina, conhecidas como abelhas sem ferrão, abelhas indígenas, abelhas nativas, ou ainda, simplesmente por “meliponíneos” ou “melíponas”, são muito populares em muitos países tropicais e subtropicais das Américas Central e do Sul, África e Oceania.

Juntamente com as abelhas africanizadas (Apis mellifera), destacam se como agentes polinizadores pela sua abundância na natureza, ampla distribuição geográfica e atração pelas flores, de onde obtêm alimento, abrigo, calor e material para construção do ninho.

Atualmente, mais de 200 espécies de abelhas sem ferrão já foram catalogadas no Brasil, porém, estima-se que esse número seja bem maior, chegando a pelo menos o dobro desse montante. As abelhas nativas são parte da riqueza da fauna brasileira. São as principais polinizadoras das espécies florais tropicais. Participam de 40% a 90% na reprodução das plantas nativas e contribuem para o equilíbrio ecológico nos ecossistemas.

🐝 Qual a contribuição da STCP para a preservação dessas espécies?

Um dos projetos realizados atualmente pela STCP é o salvamento e resgate de abelhas sem ferrão no estado do Pará. Por meio da buscas ativa e a salvamento das colônias e transferência para o meliponário, a equipe da Divisão de Restauração Ambiental visa mitigar os possíveis impactos negativos causados nas abelhas sem ferrão decorrentes da supressão da vegetação nativa necessária à operação dos empreendimentos da região.

A equipe é composta por uma bióloga especialista em abelhas, assim como um operador de motosserra que é responsável pelo resgate das colônias dos troncos das árvores tombadas, juntamente com uma equipe de auxiliares de campo, sendo um deles responsável pelo manejo no meliponário. Atividades de realocação e multiplicação das colônias contribuem para a continuidade do ciclo de vida das abelhas locais, promovendo a polinização de diversas espécies de plantas da região e, portanto, se enquadrando nos conceitos de diversificação e melhor uso das terras do bioma Amazônico.

Nas atividades de manejo dos meliponários são realizadas manutenções, vistoria, limpeza, alimentação, monitoramento e análise de desenvolvimento das colônias.

Entre as ações de resgate estão: coleta e registros de amostras de abelhas da colônia, pólen, mel, células de cria (estrutura do ninho onde os ovos são depositados para gerar novas abelhas), materiais da árvore (flor, fruto e folhas) que abrigava o ninho, seus dados como altura e DAP (diâmetro à altura do peito).

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